12/06/07

Dizer que

Beastie Boying




Domingo de manhã não tinha bilhete para nenhum dos dois primeiros concertos dos Beastie Boys em Portugal. Larguei 75€ (45+30), num impulso irresistível. Mesmo rodeado de tarefas laborais.
Eles foram heróis do "teenaging fun style", têm o primeiro álbum há mais de 20 anos (1986). Têm hits que vão acompanhando o passar dos tempos. Não sabia o nome de nenhum deles, nem do caracolinhos (Mike D), nem do tintol (Adrock), nem do grisalho (MCA), tão pouco o do dj (Mix Master Mike, o MMM).

O concerto de Algés começou com alguns microfones que não se ouviam e, no geral, o som estava muito descalibrado - quase pareceu de propósito para fazer lembrar que são só três tipos que ali estão. E quando aquelas três vozes fazem coro, é único. Muito único. Perfeito, no seu estilo "casual". O tintol estava com uma broa de fazer falar à bêbado, mas a cantar impecável e na guitarra sempre cool - é, basicamente, o homem que fala com o público. O caracolinhos tem muita pinta, toca a bateria enquanto mete aquela voz "arricardada" (fininha) “in a very funny way”. O grisalho é o "respect" da banda, parece. Faz o baixo e a voz mais rouca, inconfundível. Depois, os outros três que estiveram em palco, o Dj MMM, o percusionista e o teclas, acompanharam tudo, algumas vezes com voz, ao mais alto nível.

No 2ºconcerto, na 2ª, na Aula Magna, estiveram exactamente o mesmo arsenal e elementos em palco.

Comparando as noites, aconteceu o que se esperava: em Algés, ao ar livre, houve mais hits, mais músicas com voz, mais bebes e fumas; na Aula Magna, a sala que se sabe, a coisa foi mais “cosy”, houve mais instrumental, o ar esteve mais quente, houve mais conversa e mais diálogo com a audiência, foi mais intenso.

O hiphop apunkalhado está: funk. Funky. Funkers.

Valeu.

Sem comentários: